Um garoto palestino caminha ao lado de um grafite do artista britânico Bansky, ao longo do muro Israelense. Foto: Ammar Awad/Reuters |
Uma imagem é sempre uma recordação. Para Alberto Manguel (2009), uma fotografia, uma pintura, um grafite são presenças vazias que só podem ser completas com o nosso desejo, experiência, questionamento e remorso. As imagens que produzimos traduzem quem nós somos. Talvez a arte nunca consiga derrubar os muros. Mas ela nos ajuda a pensar que tipo de fronteira construímos: um muro alto e cinza? ou um muro rasurado com nossos desejos? Um muro pode impedir nossas travessias. Mas uma imagem no muro nos faz enxergar o horizonte do outro lado.
Uma imagem é sempre incompleta. É fugidia. A imagem também é verbo.